Entrevista Especial: Ana Paula Padrão

 "Não pretendo representar as mulheres; quero entendê-las", diz Ana Paula Padrão

A apresentadora Ana Paula Padrão acredita que a sua nova empreitada, o site "Tempo de Mulher", será uma oportunidade para as mulheres terem, na ferramenta, a ajuda que possibilite a compreensão às necessidades de seu tempo. Acompanhe a entrevista exclusiva

 IMPRENSA - Como surgiu a ideia de criar o site, ou mais do que isso, o projeto?

Ana Paula Padrão - A ideia do portal surgiu embalada no projeto Tempo de Mulher, que é muito mais que o site. Ele envolve, principalmente, um enorme banco de dados sobre a mulher e a atualização desse banco de dados de maneira permanente, com ferramentas de monitoramento de redes sociais e pesquisas on line. A partir dessas pesquisas, produziremos relatórios sobre tendências femininas que interessam diretamente àqueles que querem e precisam falar e entender essa nova mulher. Além disso, o projeto fará também eventos periódicos voltados tanto para a mulher da nova classe média brasileira quanto para a formadora de opinião que se interessa pela causa do empoderamento feminino.

IMPRENSA - Em termos práticos o que quer dizer "empoderamento feminino"?

Ana - Significa dar instrumentos para que a mulher brasileira possa exercer o poder que ela já tem. E o principal instrumento é a informação. Ela precisa de conhecimento em assuntos que são novos para ela, que acabou de ascender socialmente e os empresários e agências de comunicação precisam de informação sobre ela, seu público alvo. Queremos juntar as duas pontas sendo uma referência no tema.

IMPRENSA - Com todas as conquistas da mulher na sociedade brasileira, o que você ainda vê que precisa melhorar rumo a uma sociedade igualitária?

Ana - Acredito que a discussão sobre igualdade de direito está ultrapassada. Claro que ainda somos minoria nos postos de comando das empresas e no território político. Mas a nova mulher brasileira está preocupada com outras questões, mais urgentes para o seu bem-estar e felicidade. Informações sobre saúde, empreendedorismo, educação dos filhos, etc. Isso é importante para que ela possa atuar e crescer profissionalmente e se realizar em todos os seus outros universos. Para que ela possa exercer o poder que já tem.

IMPRENSA - Quais as principais funcionalidades e ferramentas que o site disponibilizará para a mulher?

Ana - Trataremos dos assuntos que interessam a ela. E manteremos com ela um diálogo permanente. E um instrumento de comunicação para manter nosso banco de dados sobre a nova mulher brasileira.

IMPRENSA - Como formadora de opinião e a frente de um dos principais telejornais brasileiros você tem uma sensação de representar a mulher brasileira?

Ana - Não pretendo na verdade representá-la. Mas quero entendê-la. Na medida do possível. Aprendi muito com ela, acredito que ela é mais sábia do que as mulheres da minha geração e precisa apenas de alguns instrumentos para se realizar completamente. 

Fonte:Revista Imprensa  Crédito: Pya Lima